OS CINCO CHOQUES DE REALIDADE PÓS-COPA

20 de julho de 2014


Que o futebol brasileiro vai de mal a pior todo mundo sabe. Mas o pós-Copa faz os problemas do Campeonato Brasileiro ficarem ainda mais gritantes.

1 – BAIXÍSSIMO NÍVEL TÉCNICO. Vai me dizer que você assiste a jogos de times que você não torce? Não, porque os jogos são ruins e com muitos passes errados, chutões da defesa para o ataque e finalizações para fora do gol. Praticamente todos os gramados da Série A foram utilizados por seleções da Copa e estão em perfeito estado. Não tem desculpa. No mais, o único time que joga tocando a bola é o Cruzeiro e por isso é favorito a ser campeão de novo.

2 – JOGO LENTO E TRAVADO. Os jogos do Brasileirão são treinos e dão sono. Parece videogame quando se vai ao menu “velocidade” e diminui três estrelas. Além disso, no Brasileirão, parece ser absolutamente proibido ter contato físico com o adversário. É vergonhoso o número de faltas marcadas pelos árbitros. Irrita o torcedor e o telespectador que pagou caro pra ver bola rolando. O resultado é a baixa média de gols por jogo.

3 – OS ATLETAS DE ANTICRISTO. Fala-se muito em crise de valores e renovação do entendimento. Entre os assuntos do momento nas redes sociais, lei da "Ficha Limpa", movimento anticorrupção, vídeos com compilações de fair play mundo a fora são os mais recorrentes. Mas em campo a escrotice moral segue galopante. Na última quarta-feira (16), o experiente Paulo Baier do Criciúma simulou um pênalti tão ridículo que a vergonha de ser brasileiro foi maior do que no dia do fatídico revés de 7x1 da seleção brasileira contra a Alemanha. Não satisfeito, Paulo Baier ainda sugeriu ao seu goleiro que caísse para retardar o jogo. Na mesma rodada, o atacante Gabriel do Santos desafiou as leis da física ao ser derrubado na área pelo vento. E sabe o que esses caras falam nas entrevistas depois jogo com a mão na orelha? “aaah... graças a deus (“d” minúsculo por minha conta) consegui cavar o pênalti e ajudei o grupo a sair com o resultado positivo”. Péssimos exemplos para as crianças. Deveriam ser punidos tal como foi uruguaio Suárez na Copa do Mundo.

4 – ESTÁDIOS VAZIOS E SEM VIDA. Espetáculo ruim para ingressos caros. Não tem paixão que sustente esse amor. Os programas de sócio-torcedor não deslancham. Com isso, a porcentagem de assentos ocupados dificilmente ultrapassa os 50%. E, pra piorar, após a Copa do Mundo, as arenas padrão FIFA ficaram meio cinza e sem vida. Tiraram os papéis de parede e outros acessórios e nossos estádios ficaram muito sisudos. Nem música há nos estádios. Ah que saudade do “ÔÊAAH”!

5 – A PÉSSIMA TRANSMISSÃO DOS JOGOS. Nossos cartolas não sabem vender o produto, isso é fato. Pra quem estava acostumado com as tomadas de câmera mais abertas durante a Copa do Mundo agora tem que se contentar com um close tão fechado que parece novela. Acho que é intencional para esconder a falta de compactação das equipes. Se um lateral cruza uma bola fica difícil saber quantos atacantes tem na área. Os jogos nem sempre começam na hora anunciada. Dificilmente as duas equipes entram juntas a campo com a arbitragem. Em alguns estádios há a obrigatoriedade de execução do Hino Nacional Brasileiro, em outros não. Uma confusão. Também não existe um layout oficial do campeonato nos uniformes dos jogadores e nos caracteres de transmissão pela TV.

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